Inflexões Avenses

domingo, dezembro 24, 2006

Feliz Natal

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Inflexões (a publicar dia 28 de Dezembro)

Sinalização: Não estive lá mas, pelos vistos, houve uma alusão à falta de sinalização na rotunda de S. Miguel, na última sessão da Assembleia de Freguesia. É fundamental que se reponham as placas indicativas naquele local. Quem chega à Vila das Aves encontra sinalização nos cruzamentos e entroncamentos principais, mas agora chega àquela rotunda e fica à nora. Numa altura em que o Clube Desportivo das Aves disputa a principal liga de futebol nacional é imperioso recolocar a sinalização indicativa do estádio. Já no início do ano vamos receber o FC Porto, esperando-se uma boa casa, isto se os adeptos não se perderem e forem parar a Riba d’Ave. Se tal é competência da Junta ou da Câmara isso, sinceramente, já não me interessa. Não podemos fazer de tudo motivo de guerra. É tempo de, pelo menos, de vez em quando, e quando questões de valor superior se levantam, enterrar os machados de guerra e resolver os assuntos. É uma questão menor e… nem isso resolvem. Como diz o povo e perdoem-me os mais sensíveis: ‘porra pr’ó diabo’.



Vilarinho: As recentes notícias sobre a intenção de promover um referendo à população desta freguesia de Santo Tirso, no sentido de a ouvir sobre o desejo de deixar de pertencer ao concelho e integrar-se no município de Vizela, são dignas de registo. A própria constituição de um movimento cívico já o é (a propósito, onde anda o Movimento Cívico de Vila das Aves?). Depois da Trofa, depois da tentativa de emancipação das Aves, eis que surge mais um caso. Comum a todas estas pretensões está um alegado esquecimento do poder municipal em relação a cada uma das terras. Quem se seguirá? Isto deve merecer reflexão, sobretudo, de Castro Fernandes, o responsável máximo do município. Não é bom que ciclicamente alguém queira abandonar o concelho. O presidente da Câmara até pode desmentir com factos a tese do abandono, mas nestas questões, só o tornar público e ser tema de conversa já pesa, negativamente, no município. Tal como aconteceu nas Aves – embora a pretensão fosse diferente – a resposta traduziu-se num aumento do investimento municipal na terra. Será de esperar o mesmo em Vilarinho? Será que a inauguração de mais um complexo habitacional nessa freguesia, dias depois de se falar deste assunto foi inocente ou foi, desde já, uma resposta? (Foto: Entre Margens)

Apito Dourado: A nomeação de Maria José Morgado para coordenar as investigações a envolver a corrupção desportiva no nosso país é uma pedrada no charco e merece aplauso. Não tenho nada contra o anterior Procurador-Geral da República, Souto Mouro, mas o actual, Pinto Monteiro, já demonstrou mais coragem e vontade de agir que o seu antecessor. Neste momento há muitas esperanças depositadas no trabalho sério e independente que se espera de Maria José Morgado. No entanto, como dizia Marcelo Rebelo de Sousa, na sua crónica na RTP, as expectativas quanto a esta investigação estão demasiado elevadas e se não se conseguir corresponder às expectativas vai novamente voltar o desânimo e a desilusão. Apenas um aparte sobre o livro de Carolina Salgado. Não o vou comentar porque não o li nem lerei (embora ache que se há lá matéria passível de investigação, deve ser apurada), mas, como jornalista, questionei há dias o presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, sobre o livro e sobre se o considerava literatura. A resposta é eloquente: “não, aquilo não é literatura”, adiantando que não fazia intenção de o ler.

2007: Como é da praxe, impõe-se que à beira de um novo ano se faça desejos. 2007 será, desde logo, em termos pessoais, um ano marcante, mas isso, para o leitor pouco importa (não resisti), interessa é que tenhamos um 2007 naturalmente melhor que o 2006 e que a Vila das Aves tenha muito mais do que teve em 2006, pouco mais que nada. Votos de um feliz e próspero 2007 para todos os leitores do Entre Margens.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Pôr do Sol


Praia de Árvore (Vila do Conde), ao final da tarde de um dia de Dezembro

Inflexões (a publicar a 13 de Dezembro)

Violência: Li a reportagem publicada no último número do Entre Margens sobre a violência doméstica no nosso concelho e, embora, os resultados não me tenham surpreendido, não deixa de merecer, antes de tudo uma reflexão e, acima de tudo, acção. A Vila das Aves está como um dos locais com maior número de casos de violência doméstica e isso não deve deixar nenhum avense indiferente. Entendo que muitas das vezes a violência doméstica não é uma causa, mas antes uma consequência. Este fenómeno é muitas vezes despoletado pela situação de desemprego, de alcoolismo e de toxicodependência, como, de resto, é dito no estudo. Neste sentido, a acção que se torna necessária para reduzir estes problemas tem de ser direccionada sobretudo para o esforço de eliminação destas causas que, no fundo, são as mais difíceis de ultrapassar.

Ideias: Ideias precisam-se. Precisam-se, sobretudo, boas ideias. Este é um chavão que toda a gente persegue, mas que muitas vezes não encontra. De vez em quando lá surge um rasgo de iluminação e de criatividade e nasce uma boa ideia. Foi o que me pareceu a ideia do restaurante “A Cozinha”, com a promoção de um jantar associado a um desfile de moda. Juntam-se várias lojas da terra e, sem grande esforço financeiro, organizam uma iniciativa inédita, inovadora e que lhes pode dar frutos e resultados económicos. Boa ideia e parabéns.


Exposição: Ainda não vi, mas faço questão de passar por Santo Tirso para ver a exposição de presépios que está patente na Câmara. São cerca de 500 presépios feitos por artesãos em diversos materiais, desde o barro, o granito, a madeira, a cortiça e a pasta de papel. A não perder.


Natal: Por estes dias andamos num frenesim muito pouco condizente com a quadra que estamos prestes a viver. O Natal é associado a sentimentos de paz, de solidariedade, de partilha, de convívio, de família, de bondade, de fraternidade… e poderia continuar com inúmeros sinónimos. No entanto, se olharmos um pouco à nossa volta o que vemos? Vemos sobretudo consumismo e stress. Por estes dias é impossível andar na estrada aos fins-de-semana, principalmente nas cidades ou onde haja grandes superfícies, tudo para comprar presentes, para gastar os euros que cada um recebeu a mais (subsídio de Natal) nesta ocasião. Confesso que também sou um pouco levado na onda, mas cada vez mais, começo a fazer um esforço por relativizar a questão das prendas e o valor das mesmas. Começo a fazer um esforço por me concentrar no essencial, na data, na comemoração, no nascimento de Cristo e tudo o que ele representa para nós. As prendas são apenas uma pequena parte do Natal e não o essencial. As prendas não precisam de ser as mais caras para ter valor, o que conta é o acto de dar, de partilhar algo, ainda que seja, meramente simbólico e barato. É esta a minha ‘Inflexão’ de Natal. Um Feliz Natal para todos.