quarta-feira, janeiro 31, 2007
quinta-feira, janeiro 25, 2007
Inflexões (a publicar dia 31 de Janeiro)
Postura de trânsito: No início da semana passada, os avenses puderam ver, finalmente, posta em prática a nova postura de trânsito, que alterou os sentidos de muitas das ruas da nossa vila. Nos primeiros dias, a confusão foi generalizada, entre aqueles que cumpriam e os que não cumpriam. É normal que assim seja. Penso até que deve ser dada, pelas autoridades, alguma tolerância face a algum desrespeito nestes primeiros dias. Já tive ecos de algum desagrado por este ou aquele sentido único que vigora a partir de agora. Não concordo. Pelo que vejo, a criação de sentidos únicos nalgumas ruas vai permitir uma maior fluidez do tráfego e mais organização no estacionamento. Quanto ao desagrado vai desaparecer, quando se tornar um hábito. Entendo assim, que globalmente – ainda não conheço todas as alterações – a nova postura é positiva e vem resolver alguns problemas nalgumas artérias. Refiro em concreto o cruzamento da rua Nossa Senhora da Conceição com a João Bento Padilha, onde existiram vários acidentes devido à sinalização que apontava para a regra geral da prioridade. Mas nem tudo são rosas e há aspectos que não compreendo. Não compreendo porque não se aproveitou para colocar sinalização nalguns locais perigosos onde vigora a regra geral da prioridade. Dou apenas um exemplo. Quem desce a rua João Bento Padilha, em direcção às Fontainhas, ao chegar à avenida 4 de Abril de 1995 não encontra qualquer sinal. Quer isto dizer que quem vem da rotunda (do queijo), tem de ceder passagem a quem vem “dos bombeiros”. Um simples sinal de STOP resolve o problema neste e noutros locais que continuam perigosos. É algo a corrigir e espero que não venham com a desculpa de que o orçamento para novos sinais na Vila das Aves esgotou.
Cidade: A cidade de Santo Tirso vai ficar maior. Vai alargar-se a mais sete freguesias, conforme decisão já aprovada em sede do executivo e da Assembleia Municipal, faltando agora o aval do Parlamento nacional. Sou sensível ao argumento de que desta forma será mais fácil captar investimentos do próximo quadro comunitário de apoio. De resto, medida idêntica a esta foi já tomada por muitos dos concelhos vizinhos que alargaram a cidade às freguesias limítrofes da que constitui a sede do concelho. Não deixa de ser, no entanto, algo caricato ver freguesias marcadamente rurais e sem qualquer núcleo marcadamente urbano passar a fazer parte de uma cidade. Espera-se também que o interesse em alargar a cidade sirva para diminuir as assimetrias que existem, agora, entre as várias zonas da “urbe” tirsense. É que pode haver a tentação de conseguir mais investimento e gastá-lo na “actual” cidade, esquecendo as zonas limítrofes da “nova cidade”.
Blog: Os blog’s estão mesmo na moda. Ao ler o último Entre Margens prestei atenção ao blog www.freefotolog.net/stirso e fui espreitá-lo. A ideia está muito interessante. Tendo como ponto de partida, uma fotografia, pretende-se que se comente a situação, embora comece, desde logo, com um pressuposto que lhe retira imparcialidade, ao inserir o título “Santo Tirso sem vida”, mas, se calhar, também é esse o objectivo. Pelo que é dado a ver, a adesão é muita, mas o teor dos comentários tende a resvalar para o ataque pessoal (o visado é – quase – sempre o presidente da Câmara) e para assuntos que extravasam o tema. Este tipo de locais não agrada aos políticos, mas é consequência das novas tecnologias e de uma maior democratização no acesso e transmissão de informação, permitindo ao cidadão comum dizer o que pensa. Noto algum cuidado do autor do blog em elevar o discurso e cortar tendências monopolistas de ocupação de espaço, mas o problema destes locais é que, permitindo o anonimato, se insulte. Falta coragem a muita gente para assumir o que diz e o que pensa.
Cidade: A cidade de Santo Tirso vai ficar maior. Vai alargar-se a mais sete freguesias, conforme decisão já aprovada em sede do executivo e da Assembleia Municipal, faltando agora o aval do Parlamento nacional. Sou sensível ao argumento de que desta forma será mais fácil captar investimentos do próximo quadro comunitário de apoio. De resto, medida idêntica a esta foi já tomada por muitos dos concelhos vizinhos que alargaram a cidade às freguesias limítrofes da que constitui a sede do concelho. Não deixa de ser, no entanto, algo caricato ver freguesias marcadamente rurais e sem qualquer núcleo marcadamente urbano passar a fazer parte de uma cidade. Espera-se também que o interesse em alargar a cidade sirva para diminuir as assimetrias que existem, agora, entre as várias zonas da “urbe” tirsense. É que pode haver a tentação de conseguir mais investimento e gastá-lo na “actual” cidade, esquecendo as zonas limítrofes da “nova cidade”.
Blog: Os blog’s estão mesmo na moda. Ao ler o último Entre Margens prestei atenção ao blog www.freefotolog.net/stirso e fui espreitá-lo. A ideia está muito interessante. Tendo como ponto de partida, uma fotografia, pretende-se que se comente a situação, embora comece, desde logo, com um pressuposto que lhe retira imparcialidade, ao inserir o título “Santo Tirso sem vida”, mas, se calhar, também é esse o objectivo. Pelo que é dado a ver, a adesão é muita, mas o teor dos comentários tende a resvalar para o ataque pessoal (o visado é – quase – sempre o presidente da Câmara) e para assuntos que extravasam o tema. Este tipo de locais não agrada aos políticos, mas é consequência das novas tecnologias e de uma maior democratização no acesso e transmissão de informação, permitindo ao cidadão comum dizer o que pensa. Noto algum cuidado do autor do blog em elevar o discurso e cortar tendências monopolistas de ocupação de espaço, mas o problema destes locais é que, permitindo o anonimato, se insulte. Falta coragem a muita gente para assumir o que diz e o que pensa.
quinta-feira, janeiro 11, 2007
Inflexões (a publicar dia 17 Janeiro)
Decisão judicial: Não vou fazer escorrer muita tinta sobre a notícia de absolvição de Carlos Valente à acusação de difamação feita por Castro Fernandes. O Tribunal decidiu e temos de confiar nas decisões judiciais, entendendo que decidiu bem. Apenas quero fazer referência ao fim da notícia do último número do Entre Margens sobre este assunto. Diz o Tribunal da Relação que em virtude de estarmos perante dois políticos, não podemos versões contraditórias da mesma forma, como quando estamos perante dois simples cidadãos. Políticos a acusarem-se de mentirosos é o dia-a-dia e faz parte da própria actividade política, quando em causa, estão naturalmente questões políticas e não pessoais, como foi o entendimento judicial neste caso. “Caso contrário – como diz o Tribunal – teríamos os tribunais mais sobrecarregados de processos do que já estão”. É aqui que quero chegar. Haja bom senso e recorra-se aos tribunais quando há, realmente, questões importantes em jogo. Infelizmente, há muitos processos em tribunal por causa deste tipo de questões e impedem a celeridade da justiça. Eu, como jornalista, já me vi envolvido em vários destes casos que acabam, quase sempre, com o arquivamento do caso. Fazem-me perder tempo a mim e a muitos colegas e aos tribunais.
Orçamento: Está aprovado o Plano de Actividades e o Orçamento camarário para 2007. Segundo a nota à imprensa da edilidade tirsense, também referida no último Entre Margens, há quatro obras previstas para Vila das Aves, mas a única que poderá estar na eminência de ir para o terreno é a ampliação do cemitério. Na nota lê-se “obra em fase de adjudicação”. É uma excelente notícia que se espera não demore mesmo a ir para o terreno, tal a sua urgência, como por diversas vezes, referi neste espaço. Outra é relativa à continuação da avenida de Paradela até Cense, no entanto, a nota apenas refere-se à “execução do projecto”. Fica no ar que, este ano, ainda não haverá obra. O mesmo se diga quanto à Quinta do Verdeal, onde a Câmara fala em “projecto em curso” do Plano de Pormenor da envolvente à Quinta do Verdeal. Já com o “projecto em fase de conclusão”, aparece a requalificação da rua 25 de Abril. Penso não estar equivocado, mas esta rua não foi alvo de obras ainda recentemente. Esqueceram-se dos passeios, será essa a obra? Nós avenses somos sempre insatisfeitos e acharemos pouco, no entanto, é de relevar que a parcela destinada a investimento (23,3 milhões de euros) seja superior às despesas correntes (22,9 milhões), de um total de 53,2 milhões. Há concelhos que têm mais despesa corrente, sendo que tal reflecte também maiores serviços prestados à população e maior qualidade de vida, mas Santo Tirso ainda não está a esse nível e precisa ainda de muito investimento, espera-se é que seja realmente executado.
Cinema:

Virando o bico ao prego, aproveito para fazer uma sugestão cinematográfica. Vi o filme “Babel”, de Alejandro González Inarritu, e trata-se de uma excelente película. O filme vale sobretudo pela realização – ganhou justamente o prémio de melhor realização no festival de Cannes – não vendo grandes interpretações (conta com Brad Pitt, Cate Blanchett e Gael Garcia Bernal), uma vez que o filme divide-se por quatro cenários aparentemente distintos, tem pontos de contacto que se vão descobrindo durante o desenrolar da acção. O filme desenvolve-se nos Estados Unidos, no México, em Marrocos e no Japão e aborda de uma forma invulgar a temática e a importância da família, conceito, actualmente em crise. Desentendimentos conjugais, solidão, problemas financeiros, imigração são condimentos deste filme que põe a nu, também, uma espécie de paranóia face ao terrorismo. A não perder.
Orçamento: Está aprovado o Plano de Actividades e o Orçamento camarário para 2007. Segundo a nota à imprensa da edilidade tirsense, também referida no último Entre Margens, há quatro obras previstas para Vila das Aves, mas a única que poderá estar na eminência de ir para o terreno é a ampliação do cemitério. Na nota lê-se “obra em fase de adjudicação”. É uma excelente notícia que se espera não demore mesmo a ir para o terreno, tal a sua urgência, como por diversas vezes, referi neste espaço. Outra é relativa à continuação da avenida de Paradela até Cense, no entanto, a nota apenas refere-se à “execução do projecto”. Fica no ar que, este ano, ainda não haverá obra. O mesmo se diga quanto à Quinta do Verdeal, onde a Câmara fala em “projecto em curso” do Plano de Pormenor da envolvente à Quinta do Verdeal. Já com o “projecto em fase de conclusão”, aparece a requalificação da rua 25 de Abril. Penso não estar equivocado, mas esta rua não foi alvo de obras ainda recentemente. Esqueceram-se dos passeios, será essa a obra? Nós avenses somos sempre insatisfeitos e acharemos pouco, no entanto, é de relevar que a parcela destinada a investimento (23,3 milhões de euros) seja superior às despesas correntes (22,9 milhões), de um total de 53,2 milhões. Há concelhos que têm mais despesa corrente, sendo que tal reflecte também maiores serviços prestados à população e maior qualidade de vida, mas Santo Tirso ainda não está a esse nível e precisa ainda de muito investimento, espera-se é que seja realmente executado.
Cinema:

Virando o bico ao prego, aproveito para fazer uma sugestão cinematográfica. Vi o filme “Babel”, de Alejandro González Inarritu, e trata-se de uma excelente película. O filme vale sobretudo pela realização – ganhou justamente o prémio de melhor realização no festival de Cannes – não vendo grandes interpretações (conta com Brad Pitt, Cate Blanchett e Gael Garcia Bernal), uma vez que o filme divide-se por quatro cenários aparentemente distintos, tem pontos de contacto que se vão descobrindo durante o desenrolar da acção. O filme desenvolve-se nos Estados Unidos, no México, em Marrocos e no Japão e aborda de uma forma invulgar a temática e a importância da família, conceito, actualmente em crise. Desentendimentos conjugais, solidão, problemas financeiros, imigração são condimentos deste filme que põe a nu, também, uma espécie de paranóia face ao terrorismo. A não perder.
sexta-feira, janeiro 05, 2007
A Escola da Ponte e o jornalismo
Um dos meus primeiros escritos neste blog foi sobre a Escola da Ponte e uma reportagem de uma televisão brasileira sobre o assunto. Ora esse 'post' foi o ponto de partida da última crónica do professor José Pacheco no Entre Margens (erradamente a mim atribúida no jornal, num erro já corrigido no blog do bimensário). Compreendo o escrito do professor, nomeadamente alguma desilusão pelo tratamento de que a escola é alvo pela imprensa local. Neste caso, como em muitos outros, a proximidade não permite, muitas vezes, um juízo rigoroso, correcto e com o distanciamento que seria desejável sobre determinado evento ou instituição. Eu próprio, como jornalista, sinto isso na pele, por isso - deixe-me defender a minha classe - é normal que haja falhas na imprensa local quanto à cobertura de determinadas instituições e acontecimentos. Ouço queixas diariamente e a maior parte delas com razão de ser. Mas uma coisa é certa, quantas vezes a imprensa local é tratada com indiferença ou até maltratada. Já me deparei com inúmeras situações em que acorri a um acontecimento e quando lá cheguei as pessoas reagiam assim: "É a rádio daqui, era melhor se fosse a televisão a ou b". É a retribuição que temos. Quanto ao convite do professor José Pacheco fica registado e faço questão de o aceitar para um dia destes.

