Inflexões (publicadas hoje)
Candidatura: As eleições autárquicas em Vila das Aves poderão ter um dado novo face a actos eleitorais anteriores. O aparecimento possível de uma candidatura independente, liderada por Joaquim Pereira, poderá baralhar as contas que poderiam ser feitas, à partida, apenas com as candidaturas partidárias habituais. Os votos terão de ser repartidos por mais uma força e, dessa forma, os partidos podem perder alguma expressão. Joaquim Pereira foi eleito em 2001 para a Junta de Freguesia na lista de Carlos Valente, pelo PSD, saindo entretanto. É, por isso, expectável que possa ser desse lado que conquistará mais apoios e votos, mas não só. O surgimento de uma candidatura independente, fora do espectro partidário habitual, poderá colher inúmeras simpatias por parte de muita gente desacreditada dos partidos políticos. Poderão acreditar na candidatura ou, pura e simplesmente, com o seu voto nessa força castigar os partidos. As experiências recentes já mostraram que estas candidaturas, embora quase sempre dissidentes de partidos e raramente verdadeiramente independentes, provam que são capazes de provocar estragos nos partidos ou mesmo derrotá-los. A corrida ainda nem sequer começou e oficialmente ainda não se conhece nenhum dos corredores, mas um atleta suplementar vem trazer condimentos e pimenta quanto baste a este acto eleitoral.
Magalhães:
Muito se tem escrito, defendido e criticado o computador Magalhães, incluindo aqui no nosso concelho. Antes de mais devo afirmar que considero este projecto, em termos globais, positivo. Antes do Magalhães, apenas um número muito reduzido de crianças tinha acesso a um computador, número largamente ultrapassado com este projecto, o que é, por si só, positivo, apesar dos atrasos, do construtor ou dos erros ortográficos. Localmente, devo no entanto confessar alguma perplexidade com os cartazes camarários a propósito do assunto. A autarquia tem publicitado algumas das suas políticas. Onde há trabalho feito é legítimo promover e publicitar essas acções (apesar de haver outros meios, porventura mais baratos). No entanto, a autarquia anuncia “Santo Tirso concelho pioneiro na entrega do computador Magalhães”. Onde está a grande acção do município? Não vejo. Entregou-os. Entregou-os antes uma semana, um mês que a generalidade dos municípios portugueses. Isso é relevante? Não parece.
Copiar: Na linha do texto anterior e na sequência da campanha do PSD tirsense que, também através de out-doors, tenta desmontar os da Câmara socialista, eis que o PS concelhio se indigna rotulando a acção laranja como “campanha negra”. Quando li isto, dei por mim a pensar onde é que eu já ouvi isto e acabei de me lembrar que foi a mesma expressão usada pelo primeiro-ministro José Sócrates, a propósito das suspeitas levantadas sobre a sua pessoa no caso Freeport. O que está a acontecer em Santo Tirso não tem nada a ver com o caso que envolve o primeiro-ministro, mas resolveu copiar a expressão. No caso Freeport há uma investigação judicial que envolve uma pessoa, que por sinal é primeiro-ministro. Ora em Santo Tirso estamos perante a pura e simples campanha e propaganda política que poderá estar mais ou menos bem feita, mas que tem de ser compreendida e aceite enquanto tal. Se a Câmara apresenta os seus pontos fortes, a oposição pode mostrar os pontos fracos sem que se possa colocar em questão que se trata de uma campanha negra, laranja ou rosa.
Magalhães:
Muito se tem escrito, defendido e criticado o computador Magalhães, incluindo aqui no nosso concelho. Antes de mais devo afirmar que considero este projecto, em termos globais, positivo. Antes do Magalhães, apenas um número muito reduzido de crianças tinha acesso a um computador, número largamente ultrapassado com este projecto, o que é, por si só, positivo, apesar dos atrasos, do construtor ou dos erros ortográficos. Localmente, devo no entanto confessar alguma perplexidade com os cartazes camarários a propósito do assunto. A autarquia tem publicitado algumas das suas políticas. Onde há trabalho feito é legítimo promover e publicitar essas acções (apesar de haver outros meios, porventura mais baratos). No entanto, a autarquia anuncia “Santo Tirso concelho pioneiro na entrega do computador Magalhães”. Onde está a grande acção do município? Não vejo. Entregou-os. Entregou-os antes uma semana, um mês que a generalidade dos municípios portugueses. Isso é relevante? Não parece.Copiar: Na linha do texto anterior e na sequência da campanha do PSD tirsense que, também através de out-doors, tenta desmontar os da Câmara socialista, eis que o PS concelhio se indigna rotulando a acção laranja como “campanha negra”. Quando li isto, dei por mim a pensar onde é que eu já ouvi isto e acabei de me lembrar que foi a mesma expressão usada pelo primeiro-ministro José Sócrates, a propósito das suspeitas levantadas sobre a sua pessoa no caso Freeport. O que está a acontecer em Santo Tirso não tem nada a ver com o caso que envolve o primeiro-ministro, mas resolveu copiar a expressão. No caso Freeport há uma investigação judicial que envolve uma pessoa, que por sinal é primeiro-ministro. Ora em Santo Tirso estamos perante a pura e simples campanha e propaganda política que poderá estar mais ou menos bem feita, mas que tem de ser compreendida e aceite enquanto tal. Se a Câmara apresenta os seus pontos fortes, a oposição pode mostrar os pontos fracos sem que se possa colocar em questão que se trata de uma campanha negra, laranja ou rosa.
