Inflexões (a publicar no dia 18 de Julho)
Proposta jornais: O PSD apresentou uma proposta em sede da Assembleia Municipal visando a distribuição da publicidade da Câmara de forma equitativa pelos jornais locais. Em primeiro lugar tenho a dizer que não fica bem à maioria socialista não aceitar discutir a proposta e, através do jornal Entre Margens, ficamos sem saber das razões para tal. Em política deve-se estar preparado para discutir e analisar todos os assuntos e, tendo em conta o que aconteceu, poder-se-á depreender que a maioria não saberia lidar com o assunto. À parte isso, tenho a dizer que discordo de tal proposta. Da mesma forma que um jornal pode reclamar publicidade camarária porque o seu concorrente também a tem, também o outro jornal pode alegar merecer ter mais publicidade camarária do que o concorrente se cobrir a maior parte dos eventos promovidos pela edilidade, desde que não adopte uma atitude de servilismo face ao poder municipal. Explico. Fará sentido, a Câmara fazer publicidade num jornal cujo único objectivo (e se tal transparecer na forma como trata a informação) é destronar o poder instituído, fazendo o papel de oposição aberta a esse poder. Tal seria praticamente financiar um órgão de comunicação que apenas pretende destruir quem lhe está a pagar. Por outro lado, faz sentido se determinado jornal, rádio ou televisão, ao dar uma cobertura atenta e intensiva às actividades municipais (de forma rigorosa e atendendo ao interesse informativo) ser descriminada de forma positiva com a publicidade camarária. É uma opinião, certamente polémica, mas é, neste momento, a minha opinião sobre a questão.
Norte Golfe: Foi apresentado um projecto que poderá ser âncora no desenvolvimento do município de Santo Tirso. Através do Entre Margens ficamos a saber que será um empreendimento grandioso, um investimento de 100 milhões de euros. Vale desde logo pela expectativa de criação de 400 novos postos de trabalho no concelho. A concretizar-se significa uma lufada de ar fresco num concelho asfixiado pelo drama do desemprego. No entanto, acredito que o emprego que será gerado será, grande parte dele, para gente qualificada. Ou seja, para grande parte dos actuais desempregados do concelho, este projecto vai passar ao lado. É, de qualquer maneira, uma oportunidade para os jovens. Pelo que li também será um projecto elitista e destinado, sobretudo, a uma classe média alta e alta. Não tenho nada contra, desde que tal seja sinónimo de emprego e de geração de receita para aplicação no município.
Cine-teatro: A reabilitação do Cine-Teatro de Santo Tirso é agora encarada como a prioridade das prioridades para a Câmara socialista. Acho muito bem. Será para concluir em 2009 (ano de eleições), mas, pelo que foi dado a conhecer, falta ainda o financiamento. Pelo que li – embora não seja um entendido na matéria, deixo a minha opinião – será útil equacionar alguns espaços. À primeira vista parece-me que vão ser criadas salas a mais e com capacidade a menos. Explico: serão criados quatro espaços com cerca de 300 lugares cada. Conheço bem a Casa das Artes de Famalicão e já me disseram – entendidos – que o seu grande auditório (600 lugares) é pequeno para certo tipo de espectáculos e para certos artistas. Uma sala com cerca de 700 a 800 lugares seria o ideal para acolher qualquer espectáculo e com a virtude de, com mais gente, o preço a cobrar por pessoa poder ser mais baixo. Além, disso, Santo Tirso passará a rivalizar com equipamentos com nome na praça (Casa das Artes, Teatro Circo, Centro Vila Flor e as salas do Porto), pelo que terá de ter programação e preços atractivos, porque a população tirsense, ainda que de repente aderisse massivamente à Cultura não conseguiria rentabilizar um espaço com capacidade para seis ou sete eventos simultâneos. Poderá ser demais ter uma sala com seis locais para eventos. Um investimento de cinco milhões deve ser muito bem pensado.
Norte Golfe: Foi apresentado um projecto que poderá ser âncora no desenvolvimento do município de Santo Tirso. Através do Entre Margens ficamos a saber que será um empreendimento grandioso, um investimento de 100 milhões de euros. Vale desde logo pela expectativa de criação de 400 novos postos de trabalho no concelho. A concretizar-se significa uma lufada de ar fresco num concelho asfixiado pelo drama do desemprego. No entanto, acredito que o emprego que será gerado será, grande parte dele, para gente qualificada. Ou seja, para grande parte dos actuais desempregados do concelho, este projecto vai passar ao lado. É, de qualquer maneira, uma oportunidade para os jovens. Pelo que li também será um projecto elitista e destinado, sobretudo, a uma classe média alta e alta. Não tenho nada contra, desde que tal seja sinónimo de emprego e de geração de receita para aplicação no município.
Cine-teatro: A reabilitação do Cine-Teatro de Santo Tirso é agora encarada como a prioridade das prioridades para a Câmara socialista. Acho muito bem. Será para concluir em 2009 (ano de eleições), mas, pelo que foi dado a conhecer, falta ainda o financiamento. Pelo que li – embora não seja um entendido na matéria, deixo a minha opinião – será útil equacionar alguns espaços. À primeira vista parece-me que vão ser criadas salas a mais e com capacidade a menos. Explico: serão criados quatro espaços com cerca de 300 lugares cada. Conheço bem a Casa das Artes de Famalicão e já me disseram – entendidos – que o seu grande auditório (600 lugares) é pequeno para certo tipo de espectáculos e para certos artistas. Uma sala com cerca de 700 a 800 lugares seria o ideal para acolher qualquer espectáculo e com a virtude de, com mais gente, o preço a cobrar por pessoa poder ser mais baixo. Além, disso, Santo Tirso passará a rivalizar com equipamentos com nome na praça (Casa das Artes, Teatro Circo, Centro Vila Flor e as salas do Porto), pelo que terá de ter programação e preços atractivos, porque a população tirsense, ainda que de repente aderisse massivamente à Cultura não conseguiria rentabilizar um espaço com capacidade para seis ou sete eventos simultâneos. Poderá ser demais ter uma sala com seis locais para eventos. Um investimento de cinco milhões deve ser muito bem pensado.
