Inflexões Avenses

domingo, março 25, 2007

Inflexões (a publicar dia 28 Março)

Zona Verde: Penso que a maioria dos avenses tem consciência que grande parte das necessidades colectivas na vila estão supridas, principalmente, as principais: água, saneamento, cuidados médicos, cultura e até no associativismo está bem servida. O leitor poderá entender que não é bem assim. Que há zonas ainda não cobertas por água e saneamento, que muitos dos avenses ainda têm que ir a Negrelos para obter uma consulta médica e que ao nível cultural tem muito para evoluir. Concordo com tudo isso, mas em termos de infra-estruturas está bem servida. Então, agora, o que falta. Para a Vila das Aves dar o salto em termos de qualidade de vida, falta uma zona verde, há muitos anos prometida. Numa entrevista recente que tive a oportunidade de realizar ao presidente da Junta das Aves, e que irá para o ar no próximo domingo, na rádio onde trabalho, também ele vincou essa necessidade. Não poderia estar mais de acordo. O cemitério está numa situação complicada como é reconhecido, mas a obra vai arrancar. Continuamos à espera do prolongamento da Avenida da Paradela e de outras obras. Penso, no entanto, que o próximo grande salto qualitativo da vila e da sua vida colectiva dar-se-á com a construção de uma zona verde.

Emprego:
Dirá o leitor: quero lá saber da zona verde, eu gostava é de um emprego. Bem sei, mas nesse aspecto, a principal responsabilidade não é do poder político, mas antes do dinamismo de todos nós e da coragem para investir, pelo menos, de quem poder. No entanto, cada um de nós deve aproveitar a oportunidade que está a ser dada de certificar as competências que possui. As pessoas têm ouvido falar destes (para muitos são) palavrões. Traduzindo-os, significa que alguém que tenha apenas a quarta classe pode, através de todo o conhecimento profissional que adquiriu ao longo da vida, aumentar as suas qualificações e, dessa forma, poderá melhorar a sua situação profissional. Não é desta forma que muitos desempregados arranjarão trabalho, mas pode ser uma ajuda e uma oportunidade. Estou a falar do programa nacional “Novas Oportunidades” que muitos devem agarrar.

50 anos: Escrevo estas “Inflexões” no dia em que a Europa unida completa 50 anos. Nascida das cinzas da II Guerra Mundial trouxe 50 anos de paz à Europa, pelo menos à Ocidental, algo impossível de imaginar nos anos anteriores a 1957. Desde pequeno que me revi nos ideais da União Europeia (antes CEE), embora tenha consciência que muita dessa Europa está por cumprir e nem sei se alguma vez será cumprida, mas penso que a Europa não seria a mesma sem a assinatura dos Tratados de Roma e tudo o que se seguiu, até à nossa participação, a partir de 1986. Com a integração poderemos ter perdido algumas coisas, mas penso que ganhamos muito mais. Temos de continuar a construir esta Europa unida e combater as assimetrias, através da solidariedade. Devemos ter orgulho em ser portugueses e do orgulho em ser europeus.

E-mail:
A partir de agora, quaisquer comentários, críticas, sugestões, etc, sobre estas “Inflexões” devem ser enviadas para um novo endereço de correio electrónico, o celsodcampos@gmail.com, uma vez que o anterior foi, entretanto, desactivado.

segunda-feira, março 12, 2007

Inflexões (a publicar dia 14 de Março)

Cemitério: A semana passada, a Câmara de Santo Tirso informou publicamente da adjudicação das obras de ampliação do cemitério de Vila das Aves. Eis uma notícia que os avenses aguardavam com ansiedade, tendo em conta a falta de espaço para sepultar os seus mortos. É, no entanto, um problema que vai manter-se pois a obra tem um prazo de execução embora, na nota à imprensa da autarquia tirsense, não seja revelado o prazo da empreitada. Pelo meio a Câmara de Santo Tirso não deixa de lançar mais algumas farpas à Junta de Freguesia das Aves. É impressionante ao ponto que isto chegou. E não me apetece falar mais do assunto.

Site: Fui espreitar o novo site do município de Santo Tirso. É claro que está melhor do que o que estava, mas penso que a maior e mais útil inovação é, sem dúvida, o mapa interactivo. Dá informações úteis a quem quiser saber praticamente tudo do município, principalmente, em termos de localizações. É uma ferramenta útil e até divertida para quem gostar de viajar por mapas. Não deixei de notar alguma desactualização. Apenas um exemplo que reparei. No mapa não aparecem os prédios novos (alguns têm anos) construídos na Rua João Bento Padilha, nem a Praça do Bom Nome. Por exemplo o edifício onde estão os Correios não existe no mapa.

Direita: A Direita anda à rasca em Portugal, não conseguindo subir nas sondagens que continuam a ter o Eng. José Sócrates num “estranho” estado de graça, quando já estão passados dois anos de governação. Digo estranho porque não é comum tal ocorrer no nosso país. Santana Lopes não teve estado de graça nenhum e Durão Barroso quase nenhum. Guterres lá teve um anito, mas depois foi o que se viu. É por isso estranho este estado de graça de dois anos. Penso até que a maior oposição ao governo do PS não vem da oposição, mas sim de determinados sectores da sociedade e do próprio povo. Veja-se os frequentes protestos da função pública e do povo na recente crise das Urgências. O que é certo é que Sócrates consegue gerir bem as crises e quem apanha as favas são os seus ministros, mantendo o primeiro-ministro uma espécie de “imunidade” a essas mesmas crises. Ainda por cima Cavaco ajuda Sócrates, Marques Mendes não consegue descolar e o CDS-PP, esse, então, está como o líder do PS quer, em crise. Ainda no fim-de-semana Manuel Monteiro esteve com Santana Lopes e falaram em novas organizações políticas à Direita. É por isso que digo que a Direita anda à rasca. Até quando?

Exposição
: Vila das Aves não é uma terra com tradição histórica, cresceu e desenvolveu-se com a industrialização no final do século XIX e no século XX, por isso, importa salientar os seus vultos mais importantes. Destaco a exposição sobre o escritor e poeta avense Ferreira Neto, patente no Centro Cultural até 13 de Abril. A visitar.

sexta-feira, março 02, 2007

Comentários

Fico contente por haver comentários às minhas Inflexões, no entanto, como alguns vêm questionar a minha coragem, ou a falta dela (embora esses também se refugiem "corajosamente" no anonimato) eis que resolvi apenas autorizar comentários de pessoas registadas, apelando a que partilhem as vossas opiniões e que critiquem, mas identificando-se "corajosamente".