Inflexões (publicadas a 11 Novembro)
Autárquicas Aves: Acredito que poucos avenses esperariam os resultados das Eleições Autárquicas nas Aves no último 11 de Outubro. Fiquei surpreendido e as minhas previsões de resultados – que apenas fiz questão de partilhar com umas poucas pessoas – sairam goradas. Agora com os resultados à frente posso partilhar com toda a gente, nesta minha ‘inflexão’ essa previsão.
Esperava que Carlos Valente ganhasse as eleições, mas que perdesse a maioria na Assembleia de Freguesia, perdendo algum eleitorado, quer para o PS, quer para o Movimento de Joaquim Pereira (UPC). Acreditava que Carlos Valente acabaria por perder alguma coisas com a sua postura de confronto (voluntária ou não) ao longo de oito anos. Acreditava que o PS e o UPC, com maioria na Assembleia, acabariam por provocar a queda da Junta de Freguesia – reprovando por exemplo os Planos de Actividades ed Orçamento – conduzindo a eleições intercalares e aí tentar, de vez, retirar Carlos Valente do poder nas Aves.
Nada disso aconteceu. Ao invés, Carlos Valente acabou por reforçar a sua liderança e com apenas pouco mais de 50 votos face a 2005, conseguiu eleger nove deputados entre treze. Os avenses, com estes resultados, aprovam a forma como o autarca social democrata tem governado a vila. Mas mais surpreendente que a subida do PSD é a queda do PS. Naturalmente que a escolha do Eng. Luís Lopes foi uma aposta redondamente falhada, embora entenda que a maior responsabilidade na derrota é do partido e não do candidato. Quem escolheu o candidato foi o partido. Mesmo assim nunca esperei que tivesse quase metade dos votos de 2005. Entre cinco mil votantes, nem mil votaram no PS. O UPC, contrariamente ao expectável, não foi buscar votos laranja (a sensibilidade política do seu candidato), mas antes aos socialistas, que passam de cinco deputados para apenas dois. Os resultados, a meu ver expectáveis, foram os obtidos pelo UPC e pela CDU, embora a coligação tenha perdido cerca de 100 votos (233 em 2005, para 136 agora). A fechar esta ‘inflexão’ apenas a certeza de que este resultado do PS nas Aves é apenas um incidente de percurso, bastando analisar a diferença de postura dos avenses para com este partido nas legislativas, onde deram uma clara maioria a José Sócrates. A leitura é óbvia, mas acredito que haverá quem vai fazer de conta que não sabe ler, pelo menos esta linguagem, a do povo.
Autárquicas Santo Tirso: Os resultados no concelho foram mais expectáveis. Castro Fernandes ganhou e até aumentou o número de votos face a 2005, ao passo que João Abreu com uma campanha sem paralelo na história do concelho, não conseguiu aumentar o número de votos. Foi uma campanha que primou pela visibilidade – exagerada porventura – mas também pela apresentação de ideias estruturadas, embora algumas podendo ser rotuladas de demagógicas e irrealistas.
Castro Fernandes não precisou, no entanto, de grande acção para mobilizar e ser eleito, virtude de toda a sua experiência e visibilidade política no concelho. Os tirsenses preferiram apostar em quem já conhecem e não na novidade e na incerteza. O presidente reeleito tem, no entanto, de lidar com um dado novo. Nas Aves, em 2005, teve a maioria dos votos, algo que perdeu agora, na sua terra natal. É um dado a reter.
Castro Fernandes está no entanto tranquilo pois inicia o seu último mandato que poderá ser ou não de quatro anos. Será interessante saber se vai continuar à frente da concelhia e se vai preparar o caminho do seu sucessor, abidando do cargo a meio do mandato para o novo candidato, ou sed vai querer levar o mandato até ao fim. Aí será interessante perceber se o PSD vai voltar a apostar em João Abreu, após duas derrotas, mas com nome na praça, numa luta que, com certeza, independentemente dos candidatos, será mais disputada.
Esperava que Carlos Valente ganhasse as eleições, mas que perdesse a maioria na Assembleia de Freguesia, perdendo algum eleitorado, quer para o PS, quer para o Movimento de Joaquim Pereira (UPC). Acreditava que Carlos Valente acabaria por perder alguma coisas com a sua postura de confronto (voluntária ou não) ao longo de oito anos. Acreditava que o PS e o UPC, com maioria na Assembleia, acabariam por provocar a queda da Junta de Freguesia – reprovando por exemplo os Planos de Actividades ed Orçamento – conduzindo a eleições intercalares e aí tentar, de vez, retirar Carlos Valente do poder nas Aves.
Nada disso aconteceu. Ao invés, Carlos Valente acabou por reforçar a sua liderança e com apenas pouco mais de 50 votos face a 2005, conseguiu eleger nove deputados entre treze. Os avenses, com estes resultados, aprovam a forma como o autarca social democrata tem governado a vila. Mas mais surpreendente que a subida do PSD é a queda do PS. Naturalmente que a escolha do Eng. Luís Lopes foi uma aposta redondamente falhada, embora entenda que a maior responsabilidade na derrota é do partido e não do candidato. Quem escolheu o candidato foi o partido. Mesmo assim nunca esperei que tivesse quase metade dos votos de 2005. Entre cinco mil votantes, nem mil votaram no PS. O UPC, contrariamente ao expectável, não foi buscar votos laranja (a sensibilidade política do seu candidato), mas antes aos socialistas, que passam de cinco deputados para apenas dois. Os resultados, a meu ver expectáveis, foram os obtidos pelo UPC e pela CDU, embora a coligação tenha perdido cerca de 100 votos (233 em 2005, para 136 agora). A fechar esta ‘inflexão’ apenas a certeza de que este resultado do PS nas Aves é apenas um incidente de percurso, bastando analisar a diferença de postura dos avenses para com este partido nas legislativas, onde deram uma clara maioria a José Sócrates. A leitura é óbvia, mas acredito que haverá quem vai fazer de conta que não sabe ler, pelo menos esta linguagem, a do povo.
Autárquicas Santo Tirso: Os resultados no concelho foram mais expectáveis. Castro Fernandes ganhou e até aumentou o número de votos face a 2005, ao passo que João Abreu com uma campanha sem paralelo na história do concelho, não conseguiu aumentar o número de votos. Foi uma campanha que primou pela visibilidade – exagerada porventura – mas também pela apresentação de ideias estruturadas, embora algumas podendo ser rotuladas de demagógicas e irrealistas.
Castro Fernandes não precisou, no entanto, de grande acção para mobilizar e ser eleito, virtude de toda a sua experiência e visibilidade política no concelho. Os tirsenses preferiram apostar em quem já conhecem e não na novidade e na incerteza. O presidente reeleito tem, no entanto, de lidar com um dado novo. Nas Aves, em 2005, teve a maioria dos votos, algo que perdeu agora, na sua terra natal. É um dado a reter.
Castro Fernandes está no entanto tranquilo pois inicia o seu último mandato que poderá ser ou não de quatro anos. Será interessante saber se vai continuar à frente da concelhia e se vai preparar o caminho do seu sucessor, abidando do cargo a meio do mandato para o novo candidato, ou sed vai querer levar o mandato até ao fim. Aí será interessante perceber se o PSD vai voltar a apostar em João Abreu, após duas derrotas, mas com nome na praça, numa luta que, com certeza, independentemente dos candidatos, será mais disputada.

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