Inflexões (publicadas hoje, 16 de Setembro)

Férias: Após quase dois meses volto ao convívio dos leitores do Entre Margens, após o período de Verão e de férias. Espero que as tenham tido e as tenham aproveitado bem. Não esqueço os desempregados que se encontram numa situação de “férias” forçadas. Lembro também aqueles que oportunisticamente continuam em férias (desempregados) por vontade própria e que recusam sistematicamente propostas de emprego porque é mais conveniente passar o dia no café e viver à custa do Estado (ou seja de todos nós). Esses lembro-os não para os saudar mas para acordarem. Quando o subsídio acabar pode ser que se acabem as ofertas. Enfim... Bom regresso a todos.

Eleições 1: E mal regressamos de férias eis que somos engolidos no turbilhão político do momento. São legislativas, são autárquicas, são cartazes, são arruadas, são inaugurações, são obras, obras, obras e mais obras, tudo em contra-relógio para capitalizar o voto, esse gesto simples da esferográfica, esse momento que condiciona as nossas vidas nos quatro anos seguintes. Não voltarei ao convívio dos leitores antes das legislativas e, penso, também das autárquicas. Não vou fazer um apelo ao voto neste ou naquele partido ou movimento. Nunca o fiz e não o faço. Prezo a minha independência. Sempre critiquei poder e oposição, sem distinção, sempre de acordo com a minha consciência e com a liberdade que os meus antepassados lutaram por alcançar a 25 de Abril de 1974 e da qual sou herdeiro.

Eleições 2: Apesar de escrever no arranque da campanha para as legislativas e ainda antes do arranque da campanha autárquica aponto desde já um lamento. Ao nível autárquico e ao nível da nossa terra – Vila das Aves – apenas vi até hoje cartazes, nada mais. Poderá ser defeito meu mas ainda não vi uma proposta, uma ideia, nada ou quase nada para a nossa vila (perdoe-me quem já tem trabalho apresentado e eu ainda não consegui a respectiva informação). Tenho a esperança de que até às eleições venhamos a conhecer as propostas e ideias de cada partido e movimento. Como sempre fiz, volto a apelar ao voto. Vote em quem acredita vir a melhor representar o país ou a sua terra e mesmo que não acredite em nenhum dos candidatos ou partidos vote, nem que seja em branco. Essa é a melhor forma de protestar quanto à qualidade (ou a falta dela) das candidaturas.

Amieiro Galego: Mal vi a notícia em dois blogues locais, também a decidi partilhar no meu. A compra do Amieiro Galego pela Junta de Freguesia de Vila das Aves. Entretanto já foi comentado, inclusive, no meu blog, que a aquisição foi expressa numa promessa de compra e venda no valor de 75 mil euros, montante que se transformará em dívida da autarquia. Não me quero alongar sobre a questão financeira sem conhecer pormenores. Quero, no entanto, registar a importância que essa compra tem para os avenses, embora tenha dúvidas quanto à sua rentabilidade, tal é a degradação do espaço. Ninguém tenha a pretensão de ter ali uma galinha dos ovos de ouro. Basta ver Vizela, terra desde sempre ligada ao termalismo, com nome na praça, com boas estruturas criadas e que há anos tem as suas termas fechadas, por haver pouca procura. A reflectir.